Embora componham 70% de toda a mão de obra, as mulheres ainda são minoria em cargos de liderança no varejo. O dado foi apresentado pela executiva Vanessa Sandrini durante o Workshop A Mulher no Varejo desta terça-feira (15). O evento foi promovido pela Universidade Martins do Varejo (UMV) e você pode conferir aqui o conteúdo na íntegra.

Presidente do Instituto Mulheres do Varejo (IMDV), Sandrini foi uma das convidadas do Workshop A Mulher no Varejo, que tratou sobre o papel da mulher no segmento. Com mediação da jornalista Mônica Cunha, o evento online também teve a participação da gestora de marketing da Risqué Isabel Diniz.

O encontro online teve apoio do Martins.com.br, Smart Supermercados, Smart Campo e Construção, Tribanco, SIMTech, IMDV e da indústria parceira Coty com a marca Risqué.

Um ambiente desafiador

Sandrini aponta o quanto é difícil para a mulher conquistar a posição de liderança em empresas, mesmo tendo competência para isso.

“O mercado é um lugar que, hoje, permite que a mulher se desenvolva e cresça. Em alguns setores, ela cresce mais. Em outros a liderança é muito masculina. No varejo, são apenas 16% de mulheres em cargos de liderança”, observa a executiva.

Para ela, as mulheres começam no operacional, como atendente e caixa, mas precisam renunciar a muitas coisas para ascenderem profissionalmente.

“Quando ultrapassa essa área [operacional], a mulher nitidamente renunciou e abriu mão de vários papéis. Chegando lá, ela se torna uma grande executora. A mulher é perfeccionista, planejadora, alcança o cargo mediano muito depressa. E é aí que o funil dos 16% ainda acontece. Somos poucas [ocupando a liderança]”, destaca.

A importância da diversidade

A presidente do IMDV trouxe outro dado interessante para o bate-papo com Mônica Cunha. Segundo ela, 70% dos clientes do varejo são mulheres. Ou seja, trazer a liderança feminina para o segmento é importante para a sobrevivência das empresas.

“Se a gente fala de resultados, eu preciso ter a diversidade, eu preciso ter o feminino instalado nas empresas, para prover a cliente de experiências que estejam conectadas com suas necessidades reais, sendo entendida no ponto de venda. Não é sobre feminismo, é sobre humanos em tempos de tecnologia. De líderes humanistas, que reconhecem suas essências negativas e positivas e trabalham no seu masculino e no seu feminino sem julgamento, promovendo um melhor ambiente de trabalho e, consequentemente, um melhor produto para os seus clientes”, ressaltou.

O caminho, de acordo com Sandrini, também passa pelas próprias mulheres que se tornam líderes. “Que as minhas renúncias não sejam as renúncias da próxima geração”, declarou.

Conexão é diferencial

Convidada a compartilhar sua experiência no varejo, Isabela Diniz trouxe dados da categoria de esmaltes da marca que representa, a Risqué. A empresa integra a multinacional francesa de cosméticos Coty e oferece produtos de maior valor agregado para o shopper. Nesse segmento, as mulheres imperam.

“Será que em um momento de crise, de retomada pós-pandemia, eu não teria que ter na gôndola os produtos mais baratos que eu tenho no mercado?”, questiona Diniz. “Nessa categoria de esmaltes, a decisão não está norteada pelo preço, mas pela cor e entrega de benefícios. É mais importante ter variedade de cor do que preço baixo”.

Conforme Isabela, o que a Risqué aprendeu com o tempo foi encontrar maneiras de se conectar emocionalmente com o consumidor. “Somos uma marca que encoraja as pessoas a usarem as cores. A gente entende que todo mundo que tem unha pode pintá-la”, salienta, ao afirmar que o mercado não deve se restringir a um público apenas.

Liderança varejista

O Workshop A Mulher no Varejo também trouxe a história de uma liderança varejista. É da Lucimary Leão Nunes, que está à frente de uma das primeiras lojas filiadas da rede Smart Supermercado, em Campina Verde (MG).
A empresária conta sua trajetória, desde quando era educadora física até entrar no varejo, a convite do marido para ajudar a tocar o supermercado que até então era de seus pais.

A paixão pelo varejo começou aí e Lucimary entrou de cabeça nos negócios, sempre em busca de melhorar a performance da loja. Segundo ela, o Martins sempre foi parceiro desse processo, seja por meio de treinamento, entrega de produtos e conhecimento. Até que conheceu a rede Smart Supermercados.

“Eu vi na proposta um suporte. Suporte em tudo, em marketing, merchandising, poder melhor de negociação de preços, acesso a comunicação, entre outros serviços. Melhoramos o nosso açougue e colocamos em funcionamento a nossa padaria. A gente não teria condições sozinhos [de fazer toda essa mudança]”

Muitos anos à frente dos negócios, o momento da sucessão chegou. Os filhos assumiram a liberação da loja, mas diante de uma crise no país ela foi acionada devido a sua expertise para voltar a atuar no varejo.

“As mulheres têm que estar em todos os lugares, de igual pra igual, pois capacidade de trabalho e determinação temos. A força da mulher e do homem é pra fazer um caminho juntos”.

Clique aqui e confira o Workshop A Mulher no Varejo na íntegra. Aproveite para se inscrever no canal da UMV no Youtube e assim ter acesso a conteúdos focados no varejo.

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