
As vendas na Páscoa deste ano no comércio varejista devem ser de R$ 2,16 bilhões em produtos para a data. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Conforme a entidade, o volume comercializado deve ficar 1,9% acima do registrado em 2021. No entanto, o valor alcançado ainda ficaria 5,7% abaixo do vendido um ano antes do início da pandemia, em 2019.
A CNC também aponta que a valorização do real em relação ao dólar tem feito dos chocolates importados uma boa aposta. Nesse segmento, as compras do exterior aumentaram 8% no comparativo com 2021. Por outro lado, a quantidade importada de bacalhau reduziu em 17%.
Para o economista da confederação, Fabio Bentes, a estratégia para este ano mudou. “É um indício de que o varejo está apostando na melhor saída de produtos mais baratos a partir da aceleração dos índices gerais de preços”, avaliou em nota à imprensa.
Calcula-se que os produtos da cesta de Páscoa fiquem 7% mais caros para o consumidor neste ano. Especificamente no e-commerce, as vendas na Páscoa para este ano devem ser 6% maiores em número de pedidos. No ticket médio, o crescimento deve ficar em 4%. Os dados são do T.group, especializada em vendas online.
Experiência do cliente
Para Andréa Fernandes, CEO do T.group, independentemente do canal escolhido, as vendas na Páscoa virão para quem souber gerar experiência para o consumidor. Logo, ela aconselha os lojistas a estabelecerem relação de confiança com o cliente. O contato, portanto, não pode ser resumir a uma transação de compra e venda.
“Acredito que a Páscoa de 2022 será de integração, tanto das pessoas, quanto entre pessoas e marcas, além da integração dos canais disponibilizados pelas empresas, com um e-commerce muito forte”, avaliou Andréa à revista Exame.
O vice-presidente de Marketing da Mondelez Brasil, Álvaro Garcia, destaca a necessidade de se atentar aos diferentes perfis dos clientes. O fabricante tem em seu portfólio a marca Lacta.
“Na Páscoa, por exemplo, cerca de 30% dos consumidores têm perfil mais tradicional e compram ovos para celebrar com familiares e amigos. Outros 30% têm um perfil mais dinâmico e buscam surpreender comprando produtos como caixas de bombons e barras caprichadas. Os demais, 40% dos consumidores, querem presentear com uma lembrança e compram produtos como chocolates e ovos menores. Isso sem contar a questão do propósito, já que as pessoas estão cada vez mais preocupadas em comprar de marcas que compartilhem de seus valores e gerem um impacto positivo na sociedade”, apontou também à Exame.
Aproveite e leia mais sobre estímulo às vendas na Páscoa no texto “Com a estratégia certa, Páscoa pode trazer fôlego ao varejo”, publicado aqui mesmo no Portal Vitrine.
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