
As novas tecnologias e mídias digitais estão criando um novo perfil de consumidor e o varejo vem sendo fortemente impactado por essa realidade.
Pensando sob essa perspectiva, como é que será o mercado em 2025? Para responder à pergunta, a empresa líder mundial em tecnologia e negócio Cognizant realizou um estudo mostrando as tendências que vão impulsionar no comércio nos próximos sete anos.
O estudo global mostrou que tecnologias como a internet das coisas (IoT), realidade virtual e inteligência artificial vão propiciar experiências de compra ao shopper de forma ainda mais intensa. Com isso, o distanciamento entre e-commerce e a loja física, que ainda acontece, vai desaparecer.
A tendência é que as duas formas de comércios passem a se integrar reduzindo os pontos de venda e complementando uma a outra. Isso é um resultado do comportamento do consumidor e do crescimento desenfreado nas compras de dispositivos móveis, facilitando cada vez mais o acesso às tecnologias.
De acordo com o levantamento, 90% dos varejistas responderam que o número e a área das lojas físicas diminuirão ou permanecerão iguais. A perspectiva é de que as lojas funcionem como vitrine e permitam que todos os eventos monitorados sejam capturados e analisados por meio da IoT.
A Internet das Coisas
A chamada internet das coisas é um termo novo com o objetivo de denominar a conexão de equipamentos e objetos à rede mundial de computadores. Esse já é o caso de acessórios e aparelhos como relógios, eletrodomésticos e tênis, por exemplo, que podem se conectar facilmente com a internet e outros dispositivos eletrônicos.
Na próxima década, a internet das coisas se tornará uma fonte de dados para os anunciantes e vai oferecer ainda mais oportunidades de negócios aos varejistas. As operações poderão ser mais eficientes e automatizadas para melhor gestão de estoques, frota, produtos e etc.
Ainda segundo o estudo da Cognizant, os smartphones serão cada vez mais eficientes para melhorar a experiência das compras online. Por isso, já tem sido adotada pelos varejistas a prática de melhorarem os sites de compras com versões para os dispositivos móveis.
Até 2025, haverá crescimento significativo em pagamentos por esses dispositivos que ainda poderão se tornar o principal meio para programas de recompensas e fidelidade.
Os consumidores também estarão mais habituados a compartilhar dados pessoais desde que isto reflita em conveniência e personalização na interação com os varejistas e grandes marcas. Até lá, o shopper vai permitir que serviços de assistentes digitais auxiliem na identificação de ofertas relevantes.
O blockchain ou “protocolo da confiança” – tecnologia que visa a descentralização como medida de segurança – será parte essencial do varejo no que diz respeito à redução de falsificação de produtos e no aumento da eficiência nas transações com a eliminação da necessidade de intermediários.
A importância da logística do varejo
Outra tendência que o estudo aponta é em relação ao setor de logística dentro do varejo. Dos participantes do estudo, 46% dos transportadores e 81% dos provedores de serviços logísticos concordaram que a colaboração com outras companhias, clientes e eventualmente competidores podem resultar em uma melhor experiência ao consumidor e reduzir custos em toda a cadeia.
A logística é um fator de sucesso no modelo de omnichannel – tendência do varejo que se baseia na convergência de todos os canais utilizados por uma empresa – para oferecer melhor disponibilidade, preço, velocidade, flexibilidade, agilidade e inovação digital.
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