Os smartphones vêm crescendo de forma vantajosa no mercado varejista, tanto em nível de vendas, quanto como forma de uso para acessar páginas online de compras. Uma pesquisa recente do SPC Brasil com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), mostrou que 33% dos consumidores digitais usam o dispositivo como principal ferramenta de compras.
O uso do celular para esses fins é ainda maior entre o público jovem. De acordo com os dados, 48% das pessoas são das classes C e D. 38% da classe E e 37% mulheres. A pesquisa revelou ainda que o celular já é utilizado por 74% dos entrevistados em ao menos uma das etapas de compra virtual, seja para pesquisa dos produtos de interesse, comparação de preços ou para efetuar o pagamento.
Os dispositivos móveis devem ganhar ainda mais espaço nos próximos anos a partir da popularização dos pacotes de dados de internet móvel ou alcance maior da banda larga, como destacado pelo presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
“Com a evolução constante dos meios de pagamento online, ficará cada vez mais rápido e seguro comprar pelo celular. Basta lembrar que ele é mais acessível à população, pois, no geral, é mais barato investir em um smartphone do que em um computador ou notebook”, disse.
Desempenho nas vendas
O crescimento do acesso às compras online por meio do smartphone pode ser uma das justificativas para a alta na categoria. Em 2017, o mercado de smartphones no Brasil fechou o ano com um dos melhores desempenhos da história do setor. Foram comercializados 47,7 milhões de aparelhos, apresentando aumento de 9,7% em relação a 2016.
Os dados foram divulgados por meio de pesquisa da IDC Brasil, que mostrou ainda que 95,1% dos aparelhos vendidos tinham sistema operacional Android, e 4,9% IOS. Ou seja, os consumidores estão mais digitalizados e priorizando celulares que possibilitem o acesso à internet.
A expectativa para esse ano também é de saldo positivo para continuar mantendo o Brasil como o quarto país do mundo em volume de venda de smartphones.
“Não há perspectiva de ser o terceiro, mas também estamos longe de ir para o quinto lugar. Modelos com câmera dupla frontal e traseira continuam fortes, aparelhos com tela infinita e de resolução 18X9 a preços mais acessíveis devem surgir, e o vidro nos dois lados do aparelho pode provocar alguma oscilação, mas nada que altere significativamente o mercado brasileiro”, comentou o analista de pesquisa do mercado de celulares da IDC para América Latina, Leonardo Munin.
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