
Duas fortes tendências se destacam para quem atua no varejo alimentar brasileiro. Especialistas apontam que o consumidor tem como foco em 2023 uma alimentação focada na saúde e praticidade. Desse modo, o segmento deve consolidar no próximo ano a entrega de produtos e serviços com maior agilidade, eficiência e elementos naturais.
Em artigo publicado no portal Mercado e Consumo, a CEO da Gouvêa Foodservice, Cristina Souza, compilou quatro pontos que poderão moldar o próximo ano no varejo de alimentos. São eles: snacking behavior, reconfiguração do delivery, maior adesão a produtos vegetarianos e veganos e operações foodservices.
Porcionados, saudáveis e de fácil consumo
O chamado “snacking behavior” é o hábito do consumidor em fazer duas refeições principais (como almoço e janta) e se alimentar de pequenos lanches no decorrer do dia. Sendo assim, o varejo pode apostar em versões menores e porcionadas de produtos. Por exemplo: fatia de um bolo, um copo de suco e mini salgados.
Quando cita a reconfiguração do delivery, Cristina fala de uma ampliação desse tipo de serviço. Conforme a CEO, há clientes que preferem fazer um pedido antecipadamente para retirar no local e aqueles que chegam e logo querem pegar o item (sem parar). Nesse segundo caso, os varejistas podem criar um caixa apenas para esse tipo de atendimento.
Outra tendência para 2023 é a maior ofertas de produtos à base de plantas, sejam eles vegetarianos ou veganos. O que se observa é que o consumidor brasileiro não quer ser categorizado. Ele é flexível ao se alimentar e busca experiências mais saudáveis, podendo manter o consumo de carne, mas aderindo com mais frequência a outros tipos de alimentos.
Por último, tem-se falado bastante sobre a oferta de pratos feitos em ambientes que não são necessariamente de lanchonetes e restaurantes. Supermercados, hipermercados e minimercados, ou mesmo conveniência, também estão se fortalecendo nesse mercado.
Portanto, a “operação foodservice” no varejo de alimentos trata justamente desse cenário em que são ampliados os ambientes que ofertam pequenas refeições. Isso facilita a vida do consumidor e aumenta as possibilidades de ganhos do varejista.
Indulgentes
O que também não deve sair das gôndolas do varejo de alimentos é o mercado de indulgentes com ingredientes mais saudáveis e formatos reduzidos. Como já mostramos aqui, o setor de produtos não essenciais está em alta no país. São eles: sucos, salgadinhos, chocolates e barras de cereais.
Segundo a multinacional de alimentos Archer Daniels Midland Company (ADM), 56% dos consumidores latino-americanos acreditam que apreciar guloseimas faz parte de uma dieta saudável. O estudo também mostra que, se esse produto trouxer algum benefício para a saúde, seu poder de atração aumenta.
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