
A embalagem escolhida pelos consumidores na prateleira “encolheu”. É o que mostra o novo relatório da consultoria de mercado Kantar. Conforme o Consumer Insights 2022, a alta dos preços no país fez com que o brasileiro começasse a dar preferência por produtos apresentados em embalagens menores.
O relatório é trimestral e avalia o consumo em 11.300 lares brasileiros de todas as regiões e classes sociais do país. Com essa amostra, a pesquisa reflete hábitos de 59 milhões de famílias.
Embalagens menores, maior saída
A pesquisa apurou que, enquanto o valor de alimentos, bebidas e itens de limpeza doméstica cresceu, em média, 13% no 1º trimestre de 2022, o volume adquirido reduziu em 5%. O resultado compara os três primeiros meses do ano com o mesmo período de 2021.
À exceção dos produtos de higiene e beleza, em que a escolha continua sendo por embalagens maiores, a opção por embalagens menores atinge as demais categorias. As margarinas, por exemplo, tiveram queda de 1% em volume; em refrigerantes, a compra de latas de até 355ml aumentou 23% e a opção por embalagens acima de 1 litro caiu 22%. Já os hambúrgueres retraíram 2,6% em volume, embora a quantidade consumida tenha expandido em 6%.
Higiene e beleza em destaque
Ainda conforme a Kantar, o volume de produtos de higiene e beleza aumentou 4,1% no primeiro trimestre. Os destaques são para shampoo, maquiagem e escova de dente. A categoria também cresceu 0,3% em unidades compradas.
O desempenho confirma o cenário divulgado recentemente pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). De acordo com a entidade, o setor de higiene e beleza cresceu 6,5% apenas entre janeiro e março e mostra fôlego para fazer a diferença no caixa do varejo até o fim do ano.
Consumo rápido
Por ouro lado, produtos de consumo rápido estão de volta ao cardápio do consumidor brasileiro. A Kantar observou que a frequência da compra de lanches cresceu 47,1% entre o 1º trimestre de 2022 e o 1º trimestre de 2020, na fase de pré-pandemia.
Nesse segmento, linguiças (+1,7), empanados (+1,4) e leite fermentado (+1,0) ganharam a preferência. Houve ainda aumento de consumo em pacote salgadinho e pipoca (+35%), iogurtes (+35%) e biscoitos (+27%). A frequência de aquisição de bebidas alcoólicas também foi 21% maior.
Considerando a classe social, a compra de refrigerante aumentou em 17% na classe C. De iogurte em 18% nas classes D e E e de biscoitos em 9% nas classes A e B.
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