Quando o assunto é fazer o dinheiro render durante as compras de supermercado para não comprometer o orçamento doméstico, as mulheres têm cautela redobrada.

O público consumidor feminino está mais atento aos preços que os homens e adota melhores estratégias para driblas as altas inflacionárias. É o que mostrou uma pesquisa do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de São Paulo (Sincovaga).

De acordo com o assessor econômico do sindicato, Fábio Pina, a pandemia se tornou um aprendizado para o shopper que passou a planejar mais as compras e ter maior controle sobre os preços.

“A sondagem mostrou que as mulheres, em especial, têm sido mais eficientes em driblar o problema orçamentário, resultado da inflação, o que inclui pesquisar mais, reduzir quantidades, trocar de marcas e cortar supérfluos. Tudo para não deixar de consumir alguns itens”, comentou Pina.

Os dados revelam que 34% das mulheres tornaram as idas ao supermercado mais frequentes após o período mais crítico da pandemia. Em relação aos homens, 27% dos entrevistados responderam que vão menos aos estabelecimentos.

Considerando o volume de mercadorias compradas por visita, homens (47%) e mulheres (39%) afirmaram que diminuíram. A justificativa seriam os efeitos das altas nos preços, comprometendo o poder de compra do consumidor.

Estratégias para driblar a inflação

Uma perspectiva interessante que a pesquisa trouxe foi aptidão que as consumidoras têm para conseguir driblar a inflação e continuar comprando, de forma que o orçamento doméstico não seja tão corroído.

Elas são a maior parcela entre os entrevistados que adotaram estratégias como:

  • priorizar promoções (39% ante 25% dos homens)
  • pesquisar preços em vários estabelecimentos (30% ante 29% dos homens)
  • cortar supérfluos (22% ante 16% dos homens)
  • diminuir quantidades (20% ante 11% dos homens)

Durante esse período de crise, a fidelidade deixou de ser um determinante na preferência dos consumidores. A pesquisa mostrou que 70% das mulheres e 55% dos homens experimentaram outros produtos e marcas de compras recorrentes.

E isso aconteceu mais de uma vez para 70% das respondentes, ante apenas 30% dos homens. As categorias que mais sofreram esse “revés” foram:

  • higiene e limpeza (63%)
  • não perecíveis da cesta básica (61%)
  • carnes (38%)
  • laticínios (33%)
  • congelados (25%)
  • bebidas (22%)
  • mercearia (18%)
  • pães e massas (10%)

E-commerce no varejo alimentar

A sondagem do Sincovaga ainda demonstrou que 31% dos entrevistados passaram a comprar online nos últimos três anos.

A maior parte deles (77%) atestaram que a experiência com o e-commerce de supermercado foi positiva. Os principais fatores que motivaram essa aprovação foram praticidade, preço, comodidade e rapidez.

Considerando a experiência negativa com as compras online, 50% dos consumidores entrevistados pontuaram o fato de não poder escolher produtos perecíveis como frutas e verduras.

Além disso, 33% relataram falta de cuidado com o pedido e 17% indicaram a demora na entrega. Por esses motivos é fundamental que o varejo se atente para melhorar cada vez mais a experiência do consumidor dos canais virtuais.

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