O segmento de Telefonia, Eletroeletrônico e Informática (TEI) não para de crescer no Brasil. Estudos realizados pela IDC Brasil – líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e de conferências para indústrias de Tecnologia de Informação e Comunicações – mostrou que os PCs e smartphones fechou 2017 com um crescimento expressivo em volume de vendas.
Ao longo do ano foram vendidos 5,19 milhões de unidades antes 4, 5 milhões em 2016, um aumento de 15% e que representa uma recuperação notável depois de cinco anos de resultados negativos. A receita anual foi de R$ 11,73 bilhões.
Se o segmento segue aquecido, a IDC Brasil destaca que isso ocorreu graças a alguns fatores como a liberação de saques do FGTS inativo, a Black Friday que foi um pouco mais atrativa que nos anos anteriores, além dos novos investimentos que as empresas desse mercado realizaram para poder trazer inovação à loja.
Entre os computadores mais vendidos, o maior destaque é para notebook quando foram vendidas 970 mil unidades. Em seguida os desktops foram responsáveis por 34% do volume de vendas, com 509 mil itens vendidos. A categoria teve um crescimento surpreendente de 19% de em relação ao quarto trimestre do ano passado.
Por outro lado, os tablets não tiveram tão bom desempenho e fecharam o ano com queda, embora deem sinais de estabilização. As vendas no ano passado somaram 3,79 milhões de unidades, contra 3,98 milhões em 2016 – 4,8% de queda.
Mas se levado em consideração o último biênio, a IDC Brasil pontua que os resultados indicam uma recuperação já que as quedas em 2014 e 2015 foram 39% e 32%. A estabilização dos tablets também pode ocorrer em 2018 com um mix melhor de produtos sendo oferecidos pelo mercado.
“O mercado continuará focado em produtos para crianças, mas o público mais maduro também estará olhando para essa categoria e procurando equipamentos com especificações melhores”, disse o analista de pesquisa da IDC Brasil, Wellington La Falce.
Smartphones
Além dos PCs, a maré também está boa para a venda de smartphones que vê crescimento depois de dois anos consecutivos de queda. O segmento fechou 2017 com o segundo melhor desempenho da história, sendo vendidos 47,7 milhões de aparelhos, crescimento de 9,7% em relação a 2016 e apenas 6,8 milhões a menos do que em 2014.
A expectativa é de que os celulares com sistema operacional vendidos a preços que variam entre R$ 700 e R$ 1.099, os chamados intermediários, ditem as vendas nos próximos meses. Em 2017, eles lideraram 49% das vendas. Abaixo deles, com 22%, ficaram os aparelhos de entrada (até R$ 600), e os modelos high-end (de R$ 1.100 a R$ 1.999), com 20%.
Já os smartphones da categoria premium, que vão R$ 2.000 a R$ 2.999, fecharam o ano com 3% do mercado e foram a categoria com a maior taxa de crescimento – 80% – em relação a 2016. Os modelos super premium, que custam acima de R$ 3.000, contribuíram para 5% das vendas do setor.
Modelos com câmera dupla frontal e traseira continuam fortes para 2018, além de aparelhos com tela infinita e de resolução 18×9 a preços mais acessíveis que podem surgir.