Considerada uma das melhores datas para o varejo, o Natal deste ano chega com um alerta. Se até novembro a previsão era de que as vendas fossem ao menos 2,1% maiores, a perspectiva mudou após a Black Friday. Para atrair o consumidor, será necessário repensar as estratégias para o Natal.

Há um mês, a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) estimava que o período natalino movimente R$ 66,6 bilhões na economia. A pesquisa realizada identificou que mais de 118 milhões iriam às compras.

No entanto, o resultado da Black Friday surpreendeu o mercado. A sazão teve uma queda recorde no faturamento. Nesse cenário, considerado inédito, a empresa de inteligência Neotrust aponta que o varejo faturou 23% a menos do que em 2021.

A retração atingiu tanto o comércio físico quanto o online. A Copa do Mundo, contrariando as expectativas, seria a responsável por atrapalhar a mega promoção. Em reportagem, o jornal O Globo constatou que, na data da Black, em 25 de novembro, o assunto mais comentado na internet era a seleção brasileira. As ofertas ficaram de lado.

Na mesma reportagem, o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fábio Bentes, avaliou que o desempenho no Natal deste ano pode ficar abaixo do esperado.

“Por conta do endividamento e do custo do crédito, conforme revelaram os dados do Banco Central. Podemos esperar uma estabilidade nas vendas para o Natal, com lembrancinhas e compras à vista”, disse.

Estratégias para o Natal

Embora as projeções sejam pouco animadoras, os varejistas podem adotar estratégias para o Natal para reverter a situação. O primeiro passo é manter os pés nos chãos e estar atento às tendências que se consolidaram durante o ano.

Se o consumidor deve apostar em lembrancinhas e no pagamento à vista, esse é o caminho a ser trilhado. Portanto, é importante garantir a disponibilidade de opções de pagamentos.

O PIX, por exemplo, já é a modalidade mais utilizada no país e apresenta uma função de parcelamento que permite que o cliente pague o valor cheio ao comércio. Assim, o preço parcelado fica apenas entre o consumidor e o banco que o atende.

O varejo também deve se lembrar de que parte dos trabalhadores recebe 13º salário. Conforme a CNDL, 36% pretendem direcionar recursos para as compras natalinas e 22% planejam conseguir dinheiro extra para essa finalidade.

Com a primeira parcela paga até 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro, muitos consumidores possivelmente não contavam com essa renda na Black Friday. Sendo assim o varejo deve se mostrar como uma opção de investimento.

Outra questão a ser levada em consideração é a versão reduzida dos produtos. Como mostrado anteriormente aqui no Vitrine, as tradicionais embalagens de 500 gramas de panetone estão dando espaço a versões de 400g, 300g e até frações. Situação semelhante ocorre no segmento de indulgentes.

Fortalecendo o espírito natalino

Além de rever os métodos de trabalho e o estoque, o varejo também não deve descuidar do clima natalino na loja. No blog Fala Mart, há dicas para se montar uma vitrine bem criativa. Há ainda um guia prático para a campanha de Natal e outras estratégias para o Natal que vão ajudar a fortalecer o PDV.

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