A venda de eletroeletrônicos no Brasil teve um acréscimo de 13% no primeiro semestre. Os dados são de acordo com a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).
Foram comercializados no período aproximadamente 44 milhões de produtos eletroeletrônicos de janeiro a junho deste ano. No mesmo período de 2022, o setor vendeu pouco mais de 39 milhões de produtos.
A alta interrompeu um dos ciclos econômicos mais negativos do setor, que há 18 meses vinha registrando quedas consecutivas. Para o presidente executivo da Eletros, Jorge Nascimento, a expectativa é de um fechamento de ano promissor ao setor.
“Se o segundo semestre se mantiver dentro da média histórica de desempenho do segmento, podemos prever um crescimento anual entre 4% e 6% em relação a 2022”, disse o presidente da entidade.
Mais vendidos
O produto que mais se destacou nas vendas do primeiro semestre foi a fritadeira a ar (air fryer). O item deteve a comercialização de 85% a mais do que foi registrado em igual período do ano passado.
Em seguida, representam o crescimento potencial do setor as televisões, que tiveram alta de 19% ante o período anterior. Os aparelhos de ar condicionado cresceram 16%.
A linha branca, por sua vez, – geladeiras, fogões e máquinas de lavar roupas – teve um crescimento de 4% nas vendas semestrais.
O principal entrave na venda da categoria pode ser justificado pela alta dos juros. A taxa básica Selic continua estabilizada em 13,75% ao ano e impacta diretamente na venda desses produtos de maior porte, que costumam ser vendidos de forma parcelada e com incidência dos juros.
“Com maior estabilidade na inflação, nos custos das matérias-primas e do frete, reduzir os juros passa a ser uma prioridade para todo o setor produtivo. As dificuldades no acesso e o custo do crédito prejudicam a indústria e o varejo”, informou Nascimento à Agência Brasil.
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