
Com faturamento de R$ 648,9 milhões no e-commerce, o pequeno e médio varejo foi o grande destaque das vendas brasileiras pela internet no 2º trimestre deste ano. O desempenho foi 11,4% maior que o registrado no mesmo período de 2021. Os dados integram o novo relatório setorial publicado pela empresa de monitoramento de e-commerce Neotrust.
Enquanto o varejo digital começou a dar sinais de estabilidade, após dois anos de forte crescimento, as pequenas e médias empresas conseguiram ampliar a média de gasto por cliente.
O número de pedidos caiu 1%, ficando em 11,1 milhões. Mas o ticket médio cresceu 12,48%: passou dos R$ 221,20 registrados entre abril e junho de 2021 para R$ 248,80 entre abril e junho de 2022.
Conforme a Neotrust, o segmento de moda liderou o faturamento nesse período, totalizando R$ 257,3 milhões. Na sequência estão acessórios (R$ 49,7 milhões), saúde e beleza (R$ 49,3 milhões), casa e jardim (R$ 20,9 milhões) e joias (R$ 16,8 milhões).
No levantamento, feito junto a clientes de mais de 5 mil empresas atuantes no e-commerce brasileiro, os pagamentos com Pix representaram 19% dos métodos escolhidos pela clientela.
Em 2021, essa modalidade correspondia a 4%. Entretanto, os consumidores ainda optaram pelo cartão de crédito como principal forma de pagamento.
E-commerce X 2º semestre de 2022
De olho no comportamento do mercado, pressionado pela inflação e o ano eleitoral, a diretora de inteligência da Neotrust, Paulina Dias, elenca quatro principais tendências para o 2º semestre.
A primeira delas está na pesquisa de preços. De acordo com Paulina, mesmo o consumidor de e-commerce deve ir em busca de ofertas que o ajudem a economizar. Ela ainda aponta para a importância das regiões Norte e Centro-Oeste para o setor.
A pesquisa da Neotrust mostrou que essas duas regiões foram as únicas que tiveram crescimento no volume de pedidos acima de dois dígitos no período analisado. Nordeste aumentou 14,7% e Centro-Oeste 11,5%. O Nordeste também chamou a atenção ao registrar um aumento de 9,3% no número de pedidos. A especialista recomenda uma atenção maior com a logística de entrega para melhor atender esse público.
A quarta tendência é a de produtos voltados para o autocuidado, especialmente nos segmentos de moda e acessórios e beleza e perfumaria. Além do retorno ao presencial no pós pandemia, o preço mais acessível das categorias é considerado um grande estímulo para o consumidor.
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