O Banco Central vem estudando uma nova funcionalidade para o Pix, mas já é dado como certo: os consumidores vão poder fazer suas compras pagando com crédito no Pix. A declaração foi dada pelo presidente da entidade monetária, Roberto Campos Neto.  

Com a modalidade, o consumidor não vai precisar ficar usando cartão de crédito para pagar as mercadorias a prazo. Hoje, os cartões continuam sendo a principal modalidade de pagamento no Brasil, representando 40% do consumo. 

De acordo com uma pesquisa inédita da Opinion Box sobre meios de pagamento, cartões de crédito lideram o ranking com 80% dos consumidores preferindo esta como forma pagamento. O Pix aparece em seguida com 77% dos consumidores e, atrás, estão os cartões de débito (66%).  

Mas todo o cenário leva para uma expansão muito rápida dos meios digitais. Quase metade dos entrevistados da pesquisa (48%) disseram que usam carteiras digitais como forma de pagamento. Os QR Codes já são utilizados por 41% dos clientes para pagar ou receber via Pix.  

A mudança previamente anunciada pelo presidente do Banco Central, com o Pix, reforça a transformação digital nos meios de pagamento, para reduzir o mínimo possível os pagamentos físicos tradicionais (cartão, dinheiro, boleto e cheque). 

“Você vai juntar o Pix e outros produtos, lembrando que você vai poder começar a poder fazer crédito no Pix, então, em algum momento, no futuro, você não precisará ter cartão de crédito, poderá fazer tudo no Pix”, comentou Campos Neto durante evento com comerciantes em Curitiba-PR.  

O Pix foi lançado em 2020 e é o sistema de transferências de valores instantâneas do Banco Central. Além da novidade das compras em crédito, estão sendo testadas outras funcionalidades para a ferramenta. 

Duas delas que devem se concretizar em breve são as operações agendadas e os pagamentos recorrentes. O Banco Central também vem estudando a possiblidade de fazer transações internacionais com o Pix. 

Agregador financeiro

Campos Neto mencionou recentemente a criação de uma ferramenta de agregador financeiro. Como isso funcionaria? Centralizando produtos e serviços bancários em um único aplicativo.  

Esse novo sistema dispensaria ter um aplicativo para cada banco em que o consumidor tenha uma conta. Isso porque a plataforma agregaria todos os produtos com portabilidade e competitividade em tempo real. 

Cartão rotativo

Outro estudo que vem sendo feito pelo BC e que aparentemente segue em estágio avançado é o fim do crédito rotativo. 

“A nossa ideia era fazer um plano onde passasse por ter um parcelamento, ou seja, não ter o rotativo, de tal forma que a gente conseguisse equilibrar os números para o produto. Nos próximos dias, vamos ter um formato mais decisivo”, afirmou o presidente da entidade. 

Chamamos de cartão rotativo o crédito contratado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. A duração para o crédito é de 30 dias e, após o prazo, os bancos parcelam a dívida com juros. 

Os juros nessa modalidade são os mais caros e chegaram a 437,3% ao ano em junho. Em até 90 dias, o BC deve apresentar uma solução e assunta-se que com o crédito indo direto para o parcelamento, pode ser cobrada uma taxa bem menor, entorne de 9% ao mês.

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