O mercado de construção civil está em constante evolução. O varejo deve estar atento às tendências que prometem dominar o setor nos próximos anos. Tecnológico e sustentável, o segmento aposta em materiais e soluções diversas das tradicionais para atrair um consumidor cada vez mais exigente e em busca de marcas que tenham boas práticas em ESG (governança ambiental, social e corporativa). Quem sai na frente, lógico, leva vantagem.

Especialistas apontam a madeira engenheirada (ou mass timber, como é chamada internacionalmente) como a grande estrela das edificações a partir de 2023. Trata-se de uma madeira processada industrialmente, capaz de substituir o aço e o concreto de lajes, vigas, pilares, paredes e coberturas.

Estima-se que a madeira engenheirada pode suportar prédios de até 40 andares. Além disso, cada metro cúbico do material captura uma tonelada de gás carbônico (CO2) da atmosfera e o tempo de obra cai pela metade se comparado com os modelos mais comuns.

Por enquanto, o mass timber precisa ser importado. No entanto, a primeira fábrica nacional está em construção no estado do Paraná para iniciar o fornecimento dessa madeira até o fim do ano.

Outro material em ascensão na construção civil é o contêiner. Reaproveitado de estruturas marítimas, esse recurso é considerado o novo aliado dos projetos arquitetônicos de baixo impacto. A redução na emissão de CO2 é calculada em 90%. 

Ambientes de convívio social e conforto

Considerando os ambientes que não podem faltar nos empreendimentos imobiliários, os espaços de acolhimento e convivência estão no centro de atenção na construção civil. Área gourmet, varanda integrada, espaço pet, espaço para bar, brinquedoteca, academia e área para horta comunitária são exemplos do que está no radar setorial.

Tudo isso acrescido do foco em elementos ligados à preocupação ambiental, a exemplo do reuso da água e energia solar. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), 66% dos consumidores estão dispostos a pagar mais por um imóvel com energia solar.

Portanto, empreendimentos que trabalham com materiais de construção precisam preparar os estoques para toda a demanda gerada direta e indiretamente pelas novas escolhas arquitetônicas da população.

Construção civil x Natureza até nas cores

A conexão entre o ser humano e a natureza, inclusive, se faz presente no portfólio das marcas de tintas para pintura de casas. Na primeira quinzena de setembro, a fabricante holandesa de tintas e revestimentos Akzo Nobel divulgou o resultado de um estudo internacional de tendências de cores.

Com o tema “As sementes da transformação”, a pesquisa embasou o anúncio da Cor do Ano de 2023 da marca Coral (um dos braços da multinacional), que é descrita como um tom esverdeado terroso ligado a sensações de calma, energia e magia das transformações. A paleta é complementada por tonalidades cruas e de palha, com matizes terrosas, ocres, verdes e lilases entre os destaques.

Na mesma linha de relação entre humanidade e natureza, a Suvinil anunciou a calcita alaranjada como sua cor de 2023. A cor é descrita como um laranja terroso que transmite energia e inovação e remete ao solo. A empresa informou que essa é a primeira tinta da marca com pigmentação 100% mineral.

Como se vê, o mercado de materiais de construção já está cheio de novidades para o próximo ano. Continue acompanhando os conteúdos exclusivos do Vitrine para não perder nenhuma informação relevante para o sucesso do seu empreendimento.

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