
Uma nova pesquisa sobre mobilidade urbana no varejo mostra que os consumidores preferem comprar perto de casa. Na base da motivação estão a busca por conforto e agilidade de acesso aos produtos. Quando se trata de aquisição pela internet, esses dois fatores são deixados em segundo plano, pois a preocupação com o preço se sobressai.
Essas informações são conforme o levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) junto ao Sebrae. Foram ouvidas 800 pessoas em todo o país, a partir de 18 anos, entre 18 de fevereiro e 25 de março. O resultado foi divulgado na última sexta-feira (15).
“Existe uma tendência de crescimento no consumo online, mas o brasileiro ainda está muito habituado a comprar perto de casa ou do trabalho”, avalia o presidente da CNDL, José César da Costa.
Comprar perto de casa em números
Conforme os dados, comprar perto de casa é a preferência de 77% dos entrevistados. Para 20%, conforto e comodidade são o diferenciais. Já agilidade e facilidade são o mais importante para outros 20%.
Além disso, 17% consideram acessibilidade e localização na escolha, 15% vão por costume, 9% por preço e 8% para evitarem trânsito. As razões de comprar perto de casa são semelhantes para compras próximo ao trabalho.
CNDL, SPC Brasil e Sebrae ainda investigaram o que as pessoas adquirem ao comprar perto de casa. Em 81% dos casos, a procura é por itens de supermercado. Essa tendência cresceu em relação a 2017, quando era de 77%.
Os entrevistados que compram perto de casa também se interessam por comidas e lanhes (70%). Em seguida, remédios e produtos de saúde (58%). Além disso, cosméticos e perfumaria (28%), beleza e estética (26%), roupas e acessórios (26%) e papelaria (25%).
Lojas de rua são o destaque
Durante a pesquisa, 57% dos entrevistados citaram as lojas de rua como ponto principal de compra. A opção se sobrepõe a shoppings (15%), internet (10%) e supermercados e mercados (7%).
A preferência pelas lojas de rua é maior entre as classes C, D e E. Ao menos 59% dessas pessoas apontaram essa tendência. Já os shoppings têm maior aderência entre as classes A e B, sendo a escolha de 30% dos respondentes.
Preço dos produtos (52%), aumento da segurança (47%) e ampliação das lojas, com maior variedade de itens (39%), são os principais aspectos que estimulariam os clientes a frequentaram mais o comércio de bairro, diz a pesquisa.
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