
Considerada uma das melhores datas para o varejo nacional, a Black Friday 2022 deve reforçar o caixa no segundo semestre. De acordo com pesquisas realizadas por UOL, Globo e Google, há forte tendência de alta nas vendas para a data, mesmo com as dificuldades econômicas enfrentadas pelos consumidores.
A Black Friday é realizada sempre na última sexta-feira de novembro. Neste ano, a grande promoção varejista ocorre no dia 25. Além do tradicional atrativo de concentrar promoções diferenciadas, a sazão ainda deve ganhar o impulso de outra data relevante para o brasileiro: a Copa do Mundo.
Conforme a pesquisa “Black Friday & Impacto Copa”, realizada pelo Google, não há indícios de que a Copa vá tirar o foco da Black Friday 2022. O relatório mostra que a competição mobiliza o consumidor apenas por determinados períodos e pode até estimulá-lo aproveitar o saldão.
Na pesquisa UOL/Mindminers, 62% dos entrevistados acreditam que vão comprar mais justamente por causa do mundial No entanto, o comportamento esperado é que os clientes fiquem mais tempo em smartphones, o que deve valorizar as compras online, mas sem esquecer o ambiente físico.
Na pesquisa Globo/Behup, embora 46% dos consumidores afirmem que usam a internet para planejar as compras, 71% consideram que a omnicalidade (integração entre presencial e virtual) traduz uma boa experiência de compra.
O que fazer então x Black Friday 2022
Durante a conferência Varejo Summit, realizada em agosto, especialistas destacaram o quanto ter um bom planejamento fará a diferença na Black Friday 2022. Para a diretora de vendas da sucursal Brasil da multinacional de informática e tecnologia Oracle, Sabrina Rabinovich, o varejista deve se preparar o quanto antes para o período.
A pesquisa Globo/Behup corrobora essa visão. Em 2021, as promoções começaram mais cedo. Houve crescimento de 31% nos 11 primeiros dias de novembro. Nos 7 dias de “esquenta Black Friday”, não só teve crescimento de vendas como o faturamento alcançou R$ 2,8 bilhões. Somente a quinta-feira anterior à data registrou 25% de tudo o que foi comercializado.
Sabrina Rabinovitch aponta sete passos a serem seguidos. O primeiro deles é a análise do estoque para identificação dos produtos com maior margem de desconto e os que afetam mais o faturamento. Feito isso, é necessário destacar os que são de maior interesse do público para garantir o abastecimento do ponto de venda.
Na parte de estratégica da comercialização, a executiva ressalta adotar medidas que possam acelerar a entrega da mercadoria e o fornecimento de uma plataforma segura para as compras. Afinal, as compras virtuais devem ser mais relevantes este ano.
Outros três insights apontados por Sabrina são: investir em gerenciadores de campanhas automáticos (para que a promoção alcance o público adequado), adotar um tom de comunicação e conteúdo alinhado com o perfil da clientela e a oferta de outras vantagens além da promoção, como cupons de desconto e frete grátis.
Interesses em campo
É importante ainda ter atenção ao que afasta o consumidor durante o período. Além disso, o que o motiva a fazer compras não planejadas. Segundo o levantamento encomendado pela Globo, 40% dos ouvidos desistem ao se depararem com descontos baixos. E 39% desanimam diante do frete alto. Prazo longo de entrega (22%), avaliações ruins (21%) e pagamento à vista como única opção (17%) são outros motivos de afastamento de cliente de Black Friday.
Em contrapartida, frete grátis (38%), descontos acima de 50% (37%), entrega rápida (23%) e flexibilidade de pagamento (16%) fazem o consumidor avançar com o carrinho de compras.
As pesquisas também apontam que no topo da lista de interesses do consumidor para a Black Friday 2022 estão roupas e acessórios. Em seguida, smartphone, eletrônicos, calçados e eletrodoméstico. Entretanto, há público para perfumes e cosméticos, móveis, utilidades domésticas, viagens, compras de supermercado e tratamento de beleza.
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