Você sabia que o Demonstrativo de Resultados do Exercício pode mudar a gestão de uma loja? Mais que um compilado de dados, o DRE é uma importante ferramenta de planejamento para qualquer negócio. Sua análise permite a tomada de decisões muito mais conscientes desde a compra até a precificação final de produtos.

Para entender melhor como o DRE pode ser utilizado por uma empresa, é necessário conhecer quais informações compõem o documento. A partir dessa noção básica, o estudo desses dados ficará mais simples.

Um DRE é estruturado por três elementos: contas efetivas, despesas e Ebtida:

  • Nas contas efetivas, entram receita bruta, impostos a pagar sobre a venda total, receita líquida e custos sobre mercadorias vendas (CMV) da loja.
  • Nas despesas, há despesas com funcionários, honorários, despesas financeiras e todo tipo de gasto que uma empresa tem.
  • Já Ebtida é uma sigla inglesa para designar lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização. Esse dado demonstra o lucro operacional da empresa, que é resultado das operações de compra e venda.

Para se chegar ao Ebtida, a conta começa com o faturamento bruto. Ao subtrair do faturamento bruto o pagamento de imposto sobre vendas (como ICMS, PIS, Cofins e Simples), chega-se ao valor da venda líquida.

Se desse resultado subtrai-se o CMV, encontramos o lucro bruto da empresa, que é a margem média usada na precificação. Na sequência, subtraem-se as despesas (que são a soma de todos os dados) para encontrar o lucro operacional e constatar se uma empresa é lucrativa ou não.

Leia também: 5 motivos para adotar DRE na gestão de um empreendimento

DRE – Descobrindo se a empresa é lucrativa

Para a análise, convém dividir as informações em etapas. A etapa 1 é composta pela receita bruta da empresa, onde entram venda no dinheiro, no cartão, na notinha, no prazo, no cheque e no Pix, e os impostos. Deduzindo os impostos da receita bruta, identifica-se a receita bruta.

O próximo passo é conhecer o valor de custo das mercadorias vendidas, que no DRE é chamado de CMV. Para lançar este valor, é necessário gerar relatórios da loja com todos os produtos vendidos no mês de apuração do DRE, e verificar o valor total destes produtos a preço de custo.

A seguir, apura-se o lucro bruto ao subtrair o CMV da receita líquida e, por fim, as despesas. Esse valor precisa ser maior que a margem bruta (ou lucro bruto) para que a empresa seja considerada lucrativa. Por exemplo, se as despesas correspondem a 14% de todo faturamento, entende-se que o lucro bruto, livre de impostos, não pode ser menor que esse valor. Caso contrário, a empresa terá prejuízo operacional.

Por fim, com a margem bruta e o total de despesas em mãos, o Ebitda também vai indicar qual a saúde financeira de um empreendimento. Se ao subtrair despesas de lucro bruto o resultado for positivo, a empresa também é considerada lucrativa.

O DRE é um dos temas em destaque no Programa de Desenvolvimento Smart (PDS)– capacitação gratuita oferecida aos filiados Rede Smart, do Sistema Martins, por meio da Universidade Martins do Varejo (UMV).

Com aulas online, veiculadas na plataforma Flix do Varejo, o treinamento também disponibiliza material de apoio e suporte presencial de consultores Smart. Totalmente reformulado, o programa iniciou o ano com foco em administração e gestão financeira.

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