
Preocupado com os impactos sociais e ambientais gerados pelos hábitos de vida, o consumidor brasileiro está cada vez mais interessado em investir em alimentos saudáveis e sustentáveis. É o que mostra a recente pesquisa realizada pelo Instituto Akatu junto à Globe Scan.
Conforme o estudo, em média 6 em cada 10 pessoas estão dispostas a pagar até mais para ter esse tipo de produto. E não basta ser considerado saudável, é preciso se originar de práticas sustentáveis de produção.
Com dados obtidos no segundo semestre de 2022, após ouvir 1 mil pessoas no país, o estudo ainda mostra que 47% dos brasileiros afirmaram terem adquirido algum produto considerado ecologicamente correto. Em 33% dos casos, a decisão de compra pendeu para alimentos frescos.
No relatório, a Akatu/Globe Scan atribue a preferência à disseminação do conceito de “orgânico” no mercado. Afinal é um setor que já conta com selo próprio.
“Além disso, a preocupação com a saúde por parte dos brasileiros, mostrada nos anos anteriores deste estudo, também os leva a cuidar da compra de alimentos”, aponta o estudo.
O que pesa na escolha de marcas
Para mais de 50% dos entrevistados, há tendência maior em se optar por marcas que estimulam a agricultura sustentável ou possuem programas de uso eficiente da água. Em 54% dos casos, a promoção de reciclagem e apoio humanitário também são fatores de influência no mercado.
Outro dado importante é que 74% dos consumidores têm intenção de adotar um estilo de vida mais saudável. Nesse aspecto, 34% dizem já estarem dentro dessa realidade.
Além disso, mais de 80% dos ouvidos desejam reduzir o impacto pessoal no meio ambiente. Para 72%, a percepção é de que cada um já atua para alcançar esse objetivo.
Tendências para 2023
Os resultados apresentados na pesquisa Akatu/Globe Scan reforçam tendências de consumo em 2023 apresentado por especialistas no setor. Em artigo publicado no portal Mercado e Consumo, a CEO da Gouvêa Foodservice, Cristina Souza, citou que a maior oferta de produtos à base de plantas, sejam eles vegetarianos ou veganos, deve ganhar mais força neste ano.
De acordo com ela, o consumidor brasileiro é flexível ao se alimentar e busca experiências mais saudáveis, podendo manter o consumo de carne, mas aderindo com mais frequência a outros tipos de alimentos.
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